Atualmente, há um grande embate no meio científico quanto à origem da vida. Uma grande quantidade de teorias que tentam resolver o enigma dessa origem trabalham nesse caso constantemente. Antes, pois, precisamos pensar em algumas características simples para poder entender o mais complexo do Universo. Vamos iniciar este estudo com as teorias iniciais para a Origem da Vida.
I. Biomonômeros
Sabemos que as substâncias encontradas no corpo humano são muito complexas. Essa complexidade é alcançada através de compostos menores que, quando se unem, formam substâncias maiores. Por exemplo, moléculas orgânicas mais simples, chamadas de biomonômeros, unem-se para a formação de uma molécula orgânica mais complexa, denominada biopolímero. O DNA, a hemoglobina, a celulose, a clorofila e muitos outros compostos são exemplos de biopolímeros. As proteínas têm como unidade constituinte os aminoácidos, que se combinam entre si para formá-las. A grande questão
é que essas moléculas(proteínas) são unidades necessárias ao corpo humano. Assim, a grande questão é como as proteínas foram formadas, pois cada proteína tem uma especifidade de atuação incrível. Assim, os monômeros constituintes têm de estar em perfeita ordem para que a proteína seja formada sem defeito algum. Desde a famosa síntese de Wöhler(ou síntese de uréia, composto orgânico, a partir de cianato de amônio, composto inorgânico) a teoria da força vital, que pregava que somente seres humanos tinham poder para produzirem compostos orgânicos, foi descartada. A partir daí, diversos cientistas iniciaram em seus laboratórios inúmeras pesquisas para a produção de substâncias orgânicas. Dentre eles, o cientísta Stanley Miller(foto ao lado), em 1953, ficou famoso p
or ter publicado resultados de um experimento na síntese de compostos orgânicos, os biomonômeros. Miller conseguiu sintetizar aminoácidos em condições que cientistas supunham existir na Terra primitiva. Ele conseguiu isso a partir de uma aparelhagem química isolada do meio, onde expôs gases metano, hidrogênio, amônia e vapor de água, juntamente com descargas elétricas. Ainda hoje esse experimento é realizado para a obtenção de proteínas e ácidos nucléicos(ver esquema abaixo da experiência de Miller).
Chamo atenção para algo: a síntese de monômeros vitais em laboratório, quando relacionada com a verdadeira síntese proposta por cientistas na Terra primitiva, é questionável, pois os aminoácidos foram produzidos em meio básico(alcalino), enquant
o os açucares, polímeros também vitais, são destruídos com relativa facilidade nesse mesmo meio. Um problema mais significativo está no fato de se ter obtido aminoácidos de formas e configurações iguais no experimento. Existem certas substâncias químicas que têm o mesmo número de átomos na molécula, mas se diferenciam quanto à estrutura molecular. Denominamos molécula Levogira e Dextrogira(uma molécula é imagem especular da outra) quando as distinções entre as moléculas(isômeros) são apenas quanto ao fato do desvio da luz polarizada(fato este que será melhor explicado posteriormente). O importante a saber é que, mesmo que a molécula tenha em sua estrutura os mesmos átomos constituintes e exatamente o mesmo número de átomos, podemos estabelecer diferenças quanto a sua estrutura. Assim, o grande paradoxo da experiência de Miller é que el
e produziu, no provável ambiente terrestre, quantidades iguais de monômeros do tipo D(dextrogiro) e do tipo L(levogiro), enquanto os seres vivos são formados quase que exclusivamente por aminoácidos do tipo L. Então, como uma grande mistura inorgânica pode "fabricar" aminoácidos do tipo L e D na mesma quantidade, mas organismos vivos com a grande maioria de seus aminoácidos do tipo L? Esse paradoxo também se aplica a glicídios(carboidratos ou açúcares). Inúmeras pesquisas já foram feitas para tentar explicar tal paradoxo, mas nenhuma conseguiu prestígio. Dentre elas, uma pesquisa propôs o fato de que um campo magnético poderia produzir formas únicas de imagens especulares quase puras, mas essa teoria foi tida como uma fraude após certo tempo. Outra questão pertinente é a falta de evidências de todas essas moléculas orgânicas nas rochas terrestres antigas, que representam o período em que supostamente a vida originou-se. Outra questão que traz dificuldades a defensores de tal teoria(da Terra primordial) é o fato de ser difícil imaginar uma concentração suficiente de monômeros orgânicos unidos para a formação de polímeros orgânicos. Um estudo feito pelo químico Donald Hull, da California Research Co
rporation, exemplificou a probabilidade de tal formação com o mais simples dos aminoáciodos, a glicina(imagem ao lado), molécula formada apenas pelas unidades básicas de qualquer aminoácido(o grupamento amina, NH2, e o grupamento carboxila, COOH). Hull estimou que, se a glicina fosse produzida numa atmosfera primitiva, 97% dela se decomporia antes de alcançar o oceano, e os 3% restantes seriam, provavelmente, destruídos no próprio local de síntese. A previsão vai além, estimando uma concentração máxima de glicina de menos de 1/10¹², o que equivale a 0,000000000001 mol. O próprio Donald Hull declara: "Mas mesmo o valor mais elevado admissível parece insustentavelmente baixo como material para o início de uma geração espontânea de vida. A questão se torna um problema mais grave quando partimos para suposições com monômeros orgânicos mais complexos. Alguns cientistas declaram que o ambiente era isolado, como cavernas, mas isso requer uma marca de especialização ainda maior.
Mais incrível ainda, como alguns pesquisadores declaram, é a diferença entre sintetizar uma molécula, ainda que simples, de maneira ordenada e administrada por uma mente(cientista), como no experimento de Miller, e outra coisa é a síntese de moléculas orgânicas em ambientes incertos, como na Terra primitiva.
Então, qual será a resposta? Como terá sido o mundo antes da vida? Como ela apareceu? Vamos analisar outros casos antes de chegar a essas perguntas de difícil análise.
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Bibliografia:I. Biomonômeros
Sabemos que as substâncias encontradas no corpo humano são muito complexas. Essa complexidade é alcançada através de compostos menores que, quando se unem, formam substâncias maiores. Por exemplo, moléculas orgânicas mais simples, chamadas de biomonômeros, unem-se para a formação de uma molécula orgânica mais complexa, denominada biopolímero. O DNA, a hemoglobina, a celulose, a clorofila e muitos outros compostos são exemplos de biopolímeros. As proteínas têm como unidade constituinte os aminoácidos, que se combinam entre si para formá-las. A grande questão


Chamo atenção para algo: a síntese de monômeros vitais em laboratório, quando relacionada com a verdadeira síntese proposta por cientistas na Terra primitiva, é questionável, pois os aminoácidos foram produzidos em meio básico(alcalino), enquant

Mais incrível ainda, como alguns pesquisadores declaram, é a diferença entre sintetizar uma molécula, ainda que simples, de maneira ordenada e administrada por uma mente(cientista), como no experimento de Miller, e outra coisa é a síntese de moléculas orgânicas em ambientes incertos, como na Terra primitiva.
Então, qual será a resposta? Como terá sido o mundo antes da vida? Como ela apareceu? Vamos analisar outros casos antes de chegar a essas perguntas de difícil análise.
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- Origens, Ariel A. Roth, pp. 61,62,63,64,65,66.
- Curso Completo de Química, Antônio Sardella, pp. 510, 511, 595, 597.
Um comentário:
Aprecio bastante o seu blog e os seus posts. Sempre que posso tenho visitado o mesmo e delicio-me com o que escreve. Até coloquei na barra de favoritos :)
Espero que continue com o bom trabalho.
Cumprimentos
Margarida Fonseca Dias
www.brandleaderemaildatabases.com
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